quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O MÊS É O DO PRETO – 4P´s: PODER PARA O POVO PRETO

Foto de Sérgio Guerra da Exposição Salvador Negroamor

Neste mês de novembro é lembrando por todas as esferas sociais, políticas e econômicas os debates em relação à vivência e ao pertencimento do ser negro(a) no Brasil. Caminhadas, carreatas são construídas por diversas entidades que lembram a morte de Zumbi como um marco para os debates raciais no Brasil e no mundo. Para aqueles e aquelas que seguem essas discussões e tentam construir uma reflexão para a identidade negra, esse mês tem como base um momento de festividades e de considerações sobre o posicionamento do negro ─ uma parcela significativa da população brasileira (47% da população) ─ nos setores estratégicos dos campos profissionais e políticos em nossa sociedade.
Ao meu entender simplista, percebo que identidade negra está sendo consolidada em diversos setores, especialmente no orgulho em assumir uma identidade de Negro(a) ou quando é percebido as diferentes formas de racismo e preconceito que tentam nos impor. Bastar assistir a um programa televisivo ou folhear uma revista de circulação nacional para observamos que não estamos presentes. Aparecem, no máximo, uns “Foguinhos” ou “Andrés”; porém, nossa estrutura social ainda não se deu conta que estamos nos organizando para assumirmos nossos lugares/espaços que foram negados historicamente.
Foto de Sérgio Guerra
De fato essa trajetória é longa e perversa, visto que, parafraseando Mano Brown, “se estamos 100 anos atrasados como vou poder ser o melhor”. Contudo, as estratégias estão sendo concretizadas; um dos passos mais evidentes é assumir sua negritude através dos cortes e penteados afros – POR QUE CABELO DE NEGÃO TEM QUE SER CARECA? – assumindo a religiosidade e sua fé naquele que estiveram e estão presentes nos momentos mais difíceis e alegres também. E, sobretudo, escolarizar-se (o conhecimento é base do crescimento) e não esquecer que outros “dependem” da sua vivência para assim terem conhecimento de que SER NEGÃO É MASSA”.
Foto de Sérgio Guerra
Viva a zumbi e a todos(as)  as(os) panteras negras que lutaram e deram seu sangue literalmente para que ontem, hoje e amanhã todos os 47% da população brasileira possam reconhecer sua identidade de preto, favelado, que escutam Samba e também Rap (Ritmo, Atitude e Poesia). Tais músicas trazem trechos que falam de meu povo no passado e principalmente do meu povo no futuro promissor.

Prof. Guilherme Venâncio - Com Consciência Malé.







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