quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Seminário vai avaliar as políticas de ações afirmativas da Uefs


           A Universidade Estadual de Feira de Santana promove, de 28 a 30 de novembro de 2011, o 1º Seminário de Avaliação das Ações Afirmativas da Uefs. Dentre outros objetivos, o evento vai debater o sistema de cotas adotado pela instituição em 2007 e a política de permanência destinada aos grupos atendidos pela reserva de vagas. Neste sentido, os participantes vão propor adequações às novas exigências identificadas no sistema.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Documentário de Dilma Loés

       Quando o Crioulo Dança é um curta lançado em 1989 e dirigido por Dilma Lóes. O Filme é um documentário que mescla imagens ficcionais, entrevistas, manifestações e protestos do movimento negro Brasil, com o intuito de mostrar as diversas formas que o racismo se manifesta em nossa sociedade, por meio de atitudes, de comportamentos, de opiniões ou pelos índices de desigualdade social.

A explicação para a prática do racismo, em nosso meio, está no longo processo histórico brasileiro, que provocou vários prejuízos sociais ao povo negro durante os mais de três seculos de escravidão no país. Encontramos, também, nesse documentário um destaque para a voz do negro denunciando os diversos momentos em que o ''crioulo dança'' no sentido figurado em nossa sociedade, que no contexto do filme, refere-se aos homens negros quando discriminados.

Mesmo depois de algumas conquistas humanitárias, políticas e de direitos civis para o povo negro no Brasil, muitos paradigmas preconceituosos ainda estão presentes no imaginário brasileiro e impregnado nas nossas relações sociais. Essa situação é percebida através das atitudes e comportamentos que conotam o preconceito racial.

Dentre os aspectos do racismo no Brasil destacado no filme, temos a certeza de que a prática de racismo é concreta, através dos depoimentos dos entrevistados. No entanto, a negação da prática de racismo é categórico, ou seja, todos reconhecem a existência da discriminação racial, mas ninguém admite  praticá-la.

Todas ações discriminatórias têm para toda sociedade implicações muito perversas, basta observamos os indicadores sociais da população negra no país. Dentro de uma proposta de debate sobre essas visões do negro Dilma Loés traz em seu trabalho, Quando o Crioulo Dança, uma provocação acerca dos estereótipos que a nossa sociedade construiu do seu povo.

Por Joelson SantiagO

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O MÊS É O DO PRETO – 4P´s: PODER PARA O POVO PRETO

Foto de Sérgio Guerra da Exposição Salvador Negroamor

Neste mês de novembro é lembrando por todas as esferas sociais, políticas e econômicas os debates em relação à vivência e ao pertencimento do ser negro(a) no Brasil. Caminhadas, carreatas são construídas por diversas entidades que lembram a morte de Zumbi como um marco para os debates raciais no Brasil e no mundo. Para aqueles e aquelas que seguem essas discussões e tentam construir uma reflexão para a identidade negra, esse mês tem como base um momento de festividades e de considerações sobre o posicionamento do negro ─ uma parcela significativa da população brasileira (47% da população) ─ nos setores estratégicos dos campos profissionais e políticos em nossa sociedade.
Ao meu entender simplista, percebo que identidade negra está sendo consolidada em diversos setores, especialmente no orgulho em assumir uma identidade de Negro(a) ou quando é percebido as diferentes formas de racismo e preconceito que tentam nos impor. Bastar assistir a um programa televisivo ou folhear uma revista de circulação nacional para observamos que não estamos presentes. Aparecem, no máximo, uns “Foguinhos” ou “Andrés”; porém, nossa estrutura social ainda não se deu conta que estamos nos organizando para assumirmos nossos lugares/espaços que foram negados historicamente.
Foto de Sérgio Guerra
De fato essa trajetória é longa e perversa, visto que, parafraseando Mano Brown, “se estamos 100 anos atrasados como vou poder ser o melhor”. Contudo, as estratégias estão sendo concretizadas; um dos passos mais evidentes é assumir sua negritude através dos cortes e penteados afros – POR QUE CABELO DE NEGÃO TEM QUE SER CARECA? – assumindo a religiosidade e sua fé naquele que estiveram e estão presentes nos momentos mais difíceis e alegres também. E, sobretudo, escolarizar-se (o conhecimento é base do crescimento) e não esquecer que outros “dependem” da sua vivência para assim terem conhecimento de que SER NEGÃO É MASSA”.
Foto de Sérgio Guerra
Viva a zumbi e a todos(as)  as(os) panteras negras que lutaram e deram seu sangue literalmente para que ontem, hoje e amanhã todos os 47% da população brasileira possam reconhecer sua identidade de preto, favelado, que escutam Samba e também Rap (Ritmo, Atitude e Poesia). Tais músicas trazem trechos que falam de meu povo no passado e principalmente do meu povo no futuro promissor.

Prof. Guilherme Venâncio - Com Consciência Malé.