domingo, 21 de novembro de 2010

LUIS CLEBER MAGALHÃES DE OLIVEIRA – PEBINHA


Tem certas coisas que acontecem em nossas vidas que não tem explicação... ou melhor..tudo tem explicação...nesse mundo moderno e competidor que estar sendo consolidado para que os “mais fortes” possam vencer, acabo observando que DARWIN com sua teoria do evolucionismo esta felicíssimo onde ele esteja agora. Contudo, o que será que estaria passando na cabeça de alguém em pleno início de sábado à noite, onde a juventude/adulto está se preparando para mais uma festa/balada na cidade princesa do agreste?
Sempre analisei que as homenagens póstumas são extremamente contraditarias e que é melhor estar dizer algo alguém vivo do que após sua finalização aqui nesse plano. Segundo Los Hermanos, todo carnaval tem seu fim, que todo amor tem final, que cada jogo de futebol tem no máximo 120 minutos (contando a prorrogação). Hoje poderia ser sim um dia normal, risos, lombinho e cerveja/guaraná gelada, mais hoje também é um dia reflexivo/triste, pois mais um jovem morre na cidade princesa, ainda mais sabendo que nessa cidade, ou melhor, nesse país esta acontecendo uma prova de analise intelectual de diversos jovens para ingressarem em uma vida superior. Fazendo uma analogia desse contexto sócio/cultural e passando um filme em minha cabeça nesse momento, venho a publicar (como disse – não gosto de homenagens póstumas) saudar e meu querido Luis Cleber Magalhães de Oliveira, pois bem, apesar de conhecer seu nome por acaso e um daqueles momentos certos de me pedir, como pedia para muitos, 50 centavos para comprar alguma coisa para “comer”. Por incrível que pareça, descobrir seu nome em um dos eventos que marcam a cidadania de um país que é o voto. Relembro uma frase sua “Olha, eu também voto”. No momento em que estavam todos presentes rimos pois estavam presentes “intelectuais” que perceberam o quanto era valioso para você ter um titulo de eleitor. O mais “engraçado” foi saber que tinha nome de artista, que apesar de todos e todas conhecerem por seu apelido, você tinha um nome, e por sinal um nome muito bonito.
De fato, relembra ou ate esquecer, pois nós seres humanos somos muitos efêmeros em lembrar as pessoas que passam e marcam nossas vidas, de PEBINHA, será ao mesmo tempo de saber que onde me encontrasse lembraria do tempo que participamos do Projeto em jogávamos futebol, e pelo fator dele ser “deficiente”, e a bola demora em chegar, lembrarei sempre do quanto você Pebinha faziam os outros rirem...mesmo sendo um riso de ironia...
Não estou aqui para torná-lo um herói nacional ou ate mesmo tentar santificá-lo... Não... Mas diante de tantos que não merecem homenagens nesse nosso mundo...que tem musicas...escolas com seu nome...até mesmo nome de cidades...venho a publicar somente relatar o quanto você irá fazer falta nesse bairro em que estar acontecendo um afrogenocidio (MV BILL) e nós não estamos fazendo nada...lembro que encontrei você gritando-me descendo a rua do minadouro...e que me disse que estava saindo da cadeia...como disse “Estava engaiolado”...e que como sempre me insistiu para dar 50 centavos...resistir...brinquei..rir...vir seu esforço em acompanhar meus passos...e pelo fato da “deficiência” sempre fica para trás...por dois instantes..não iria dar os 50 centavos...mas no final....olhei...e dei novamente dos 50 centavos para você “comer”...enfim....acho que é isso.....ahh... Queria descobrir de onde veio seu apelido... Agora já era!

Guilherme Venâncio- Professor

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